O ex-goleiro Bruno concedeu uma entrevista ao Globo Esporte e falou sobre como ele tem vivido nesses seis anos de prisão. Condenado a 22 anos, hoje ele está sendo assistido na Apac de Santa Luzia, uma ONG que trabalha de forma humanizada com prisioneiros.
Ao falar sobre esse período de reclusão, Bruno reclamou da qualidade dos presídios comuns chegando a dizer que são “desumanos”. Falou também que ficou em depressão e precisou ser medicado. “Eu tive a infelicidade de me deparar com a depressão. Eu tentava dormir e o sono não vinha. Eu tentei procurar uma saída nos remédios”, afirmou. Além da depressão, Bruno também tentou o suicídio. “Eu cheguei ao ponto de perder o equilíbrio, acabei tentando o suicídio amarrando um lençol na grade e me joguei. Acabou que Deus botou a mão naquele momento ali e não permitiu que eu tirasse a minha própria vida”, disse.
Bruno também conta que foi agredido quando estava no presídio de Nelson Hungria. Um programa de TV divulgou que ele faria parte de um grupo de extermínio e um detento o agrediu com uma faca durante o banho de sol. “Foi um corte no braço, mas graças a Deus pegou de raspão. Consegui superar essa situação e vir para Apac”, diz o atleta que treina para um dia voltar para o futebol. “Se eu tivesse ficado no sistema comum, eu teria encerrado a minha carreira. Mas depois que eu vim para a Apac, onde tenho condição de estar treinando, de estar trabalhando, aprendendo novas profissões… Depois que eu vim para cá eu voltei a ter esperança”, confessa ele que até 2018 pode receber o direito de cumprir a pena no regime semiaberto.
FONTE: Amarelinho 10
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