quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Agência de Risco Retira 'Selo de Bom Pagador' do Brasil


A agência de classificação de risco Fitch retirou, nesta quarta-feira (16), o grau de investimento do Brasil. Essa nota de crédito é usada por investidores internacionais na hora de aplicar no País (entenda como isso afeta a sua vida)
Até hoje, a nota de crédito do Brasil na Fitch era BBB- e agora passa a ser BB+. Isso na classificação da Fitch indica "grau especulativo", ou seja, há risco de calote aos investidores.
"O rebaixamento do Brasil reflete a profunda recessão econômica previamente antecipada, continuada por desenvolvimentos orçamentários adversos e o aumento da incerteza política, que poderia prejudicar ainda mais a capacidade do governo de implementar efetivamente as medidas fiscais para estabilizar o crescente endividamento", diz a Fitch em comunicado.
“As repetidas mudanças nas metas fiscais minaram a credibilidade da política fiscal” e “a incerteza política das últimas semanas lançam mais dúvidas sobre a capacidade do governo para garantir a aprovação legislativa oportuna para cumprir a sua meta de superávit primário para 2016”, acrescenta a agência.
Em menos de quatro meses, a Fitch é a segunda agência de classificação de risco a retirar o grau de investimento do Brasil. Em setembro, a Standard & Poor's cortou a nota brasileira, sinalizando que poderia colocar o País ainda mais dentro do território especulativo ao manter a perspectiva negativa, o mesmo feito pela Fitch nesta quarta-feira.
No comunicado desta quarta-feira, a Fitch ainda acrescenta que prevê que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro vá fechar 2015 com contração de 3,7%. Para 2016, a previsão também é de desempenho ruim: -2,5%.
Com duas agências rebaixando a nota do Brasil, muitos fundos de investimentos que utilizam esse critério para investir em um país são obrigados a retirar o dinheiro.
Há uma semana, outra agência, a Moody's, avisou que a nota de crédito do Brasil está sendo revisada ealertou que há risco de rebaixamento. Entre os motivos também está a "paralisia política", segundo o comunicado.

FONTE: Portal R7

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