Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, acaba de anunciar que acatou o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Segundo o parlamentar, chegaram ao todo 34 pedidos de impedimento de Dilma Rousseff. "Não faço isso com nenhuma felicidade...o País passa por uma situação difícil, o governo passa por inúmeras crises, tanto política quanto econômica...Não causa felicidade a ninguém isso. Ao mesmo tempo, com a decisão, o processo tem de ser enfrentado. E, se for aceito, o Congresso soberano o enfrentará... Se não for aceito, vai ser um assunto que não vai mais ficar sendo debatido no País", afirmou Cunha durante entrevista coletiva.
Cunha fez o anúncio ao mesmo tempo que o Congresso Nacional votava o PLN 5/2015, que altera a meta fiscal. A proposta do governo foi aprovada pelos senadores e deputados.
O pedido aceito foi assinado por Hélio Bicudo (ex-petista), Miguel Reali Jr. (jurista) e Janaína Paschoal, professora de Direito da Universidade de São Paulo.
Chefe da Casa Civil, Jaques Wagner foi chamado por Dilma para o gabinete presidencial assim que soube da notícia.
O vice Michel Temer (PMDB, mesmo partido do presidente da Câmara) ficou sabendo por Cunha por meio de um telefonema pouco antes.
Em pronunciamento oficial, a presidente Dilma chamou a abertura do processo de achaque político e ressaltou não ter contra ela nenhuma acusação que possa derrubá-la, citando o fato de não ter dinheiro no exterior – comentário claramente direcionado a Cunha, que pode enfrentar processo de cassação devido a uma conta na Suíça.
Segundo Cunha, a decisão não foi comunicada ao Planalto. “Não falei com ninguém do Palácio. É uma decisão de muita reflexão, de muita dificuldade. Não quis ocupar a presidência da Câmara para ser o protagonista da aceitação de um pedido de impeachment. Não era esse o meu objetivo. Mas, repito, nunca, na história de um mandato houve tantos pedidos de impeachment como neste mandato”.
FONTE: Último Segundo IG
FONTE: Último Segundo IG
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