sexta-feira, 21 de abril de 2017

Salvador: Reservatórios de Água Apresentam Estado Crítico e Presidente da Embasa Já Fala em Racionamento


Barragem de Pedra do Cavalo – responsável por cerca de 60% do abastecimento de Salvador 


O presidente da Embasa, Rogério Cedraz afirmou que a situação do estado é alarmante e que inclusive pode culminar num possível racionamento de água em Salvador. Apesar das chuvas registradas nos últimos dias na capital baiana, os níveis das barragens que abastecem a cidade se mantém abaixo do esperado.

“Para recarregar os mananciais que abastecem Salvador e parte da RMS, é preciso que chova na bacia do recôncavo norte, na região de Camaçari, Mata de São João e Dias D’Ávila”, explica o presidente da empresa pública que faz a gestão do fornecimento de água.

Caso, de fato, seja necessário implantar racionamento no abastecimento de água de Salvador e Região Metropolitana (RMS), Cedraz revelou, que a Embasa “há muito tempo” já tem estudos prontos. São várias alternativas avaliadas, mas a concessionária trabalha com a possibilidade de dividir a cidade em setores e, ao longo da semana, cada um deles ficar um dia ou 12 horas desabastecido.

Ele revelou ainda que Salvador e RMS, diante do volume que há nos reservatórios, têm um prazo “de 45 a 60 dias de continuidade”. No entanto, isto não significa que daqui a dois meses haverá de fato o racionamento. “Não temos a condição de previsibilidade total. Uma série de fatores influenciam, mesmo que não chova, mas se tiver um tempo todo nublado e não haja evaporação, se prorrogam os processos”, afirmou.

A situação está sendo avaliada, a cada dez dias. “Depende do volume de água que eu vou ter que tirar do sistema. Se porventura precisarmos chegar até esse ponto que é o limite, está tudo equacionado”, ressaltou.

Dados fornecidos ao Aratu Online pela Embasa revelam que a barragem de Pedra do Cavalo – responsável por cerca de 60% do abastecimento de Salvador -, está com 62,88% da sua capacidade total de acumulação. O restante do sistema é abastecido pelas barragens de Joanes I (atualmente com 85,18% de sua capacidade total), Joanes II (36,63%), com menor contribuição dos reservatórios de Ipitanga I (41,81%) e Ipitanga II (30,91%).

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